Menina e Moça!
Há no volver das horas
Esta idade ideal e feiticeira;
É quando a estrela expira e rompe a aurora
Um prelúdio nos leques da palmeira.
Menina e Moça!
Há no viver
das flores
Este
instante feliz...
É quando
a rosa,
Ao relento das noites perfumadas,
Abre o cálix, risonha e curiosa.
Menina e Moça!
Há no passar dos anos
Esta estação de amor... quando nas veigas
Fazem-se em flor as folhas sussurrantes,
Beijam-se as pombas, arrulando meigas.
Menina e Moça!
Há
no sonhar da música
Som
que esta idade festival exprime...
Quando
a voz do piano espalha aos ermos
Os suspiros saudosos de Bellini.
Menina e Moça!
Se a poesia esquece
Agora
o tipo da criança bela,
Quem
não te adora a límpida inocência,
Ó filha de Waspzzz e LUA NEGRA!
Ó gazela!
Menina e Moça
Castidade
e pejo!
Crença, frescura, divinal anseio!
Por
quem tu cismas?
Se pergunta à fronte. Por quem palpitas? —
Se pergunta ao seio.
Menina e Moça!
É tão
festivo o riso!
Chama dourada sobre os olhos brilha!
Como estalam os beijos das amigas
A donzela tem asas... de escumilha!
Menina e Moça!
Como é doido o baile!
Como são várias da existência as cenas!
Ama-se o canto
— Se elas são as aves... Ama-se a valsa. —
Se elas são falenas ...
Menina e Moça!
Adormecida garça
Que o mar na riba do ideal balouça...
O bardo canta na tormenta ao longe...
Sonha o teu sonho de - menina e moça!...
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