COLMEIA DE
PRAIA
Ali na areia,
pele e pelo expostos,
Vi-te deitada
sob o sol queimando
As tuas carnes
( fogo profanando... )
Avermelhadas
pelos teus desgostos.
E eras um corpo
t�o mal satisfeito,
( O que de pronto
percebi no cheiro )
Que aproximei-me
e num deitar certeiro
Cobri-te inteira
- louco - peito a peito.
N�o reagiste
( tonta de surpresa )
� minha
entrada no teu corpo ateu,
E eu me perdi,
molhei-me em tua beleza,
Senti teu sangue
misturado ao meu.
F�mea colmeia,
vi-me na certeza
De ser a abelha
que morre no mel.
Silvia Schmidt
*Humancat*
(dir. aut. reserv.)
�1999